Organizações mundiais pedem à Mars o banimento de gaiolas

As aves sequer conseguem abrir as asas

A Mercy For Animals e mais de 60 organizações em todo o mundo iniciaram, na 6ª feira (1/4), uma campanha pedindo à empresa multinacional Mars que firme um compromisso global de banir o uso de ovos de galinhas confinadas em gaiolas em todos seus produtos.

Na Europa, Estados Unidos e Canadá, a empresa não utiliza ovos de galinhas confinadas em gaiolas e deve concluir a transição na Austrália até 2025. Mas e no resto do mundo? A Mars ainda não se comprometeu a proibir essa prática em sua cadeia de suprimentos na América Latina, na Ásia e na África.

No Brasil, a empresa detém as marcas de chocolates Snickers, Twix e M&M’s, as de alimentação para animais Whiskas, Pedigree, Royal Canin e Eukanuba, e as de arroz Uncle Ben’s e Ráris. A mudança nas políticas corporativas dessas marcas pode ajudar a construir um futuro livre de gaiolas e a mudar a realidade de milhões de galinhas da indústria de ovos.

Por que mudar essa realidade?

Nas granjas de ovos com sistema de confinamento de galinhas em gaiolas, os animais passam quase toda a vida em espaços minúsculos, em que mal podem andar, esticar as asas ou expressar simples comportamentos naturais, como ciscar e tomar banho de areia.

É comum que as galinhas fiquem presas no aramado das gaiolas, se machuquem ou até mesmo sofram fraturas e mutilações. Frequentemente, aves mortas são encontradas em decomposição em meio a suas companheiras ainda botando ovos.

Banir as gaiolas não é a solução definitiva para o fim da exploração na indústria de ovos, mas é um passo significativo para ajudar a mudar a realidade desses animais.

E lembre-se: a melhor forma de ajudar os animais é mantê-los fora do nosso prato