A comissão de vereadores criada para investigar a vacinação em Itabirito entregou ao Ministério Púbico, na última 5ª feira (9), o relatório final composto de quase 500 páginas relatando uma série de indícios de irregularidades.
Os vereadores Fábio Fonseca, Dr. Edson e Max Fortes integraram a comissão nomeada pelo presidente da Câmara Municipal, Léo do Social, no dia (29/03). O trabalho durou mais de seis meses e teve como foco fiscalizar o processo de vacinação contra a Covid-19 e descobrir se houve irregularidades no processo.
O presidente da Comissão, vereador Max Fortes, informou que os principais problemas apresentados no relatório disseram respeito à vacinação do Secretário de Saúde no primeiro dia de imunização; falta de critérios para lidar com as 322 doses faltantes; inversões de prioridades; exigências de cadastro pra vacinação de forma equivocada; atraso no processo de vacinação; falta de planejamento, transparência e de um plano de comunicação assertivo.
“No início dos trabalhos, recebemos várias denúncias pelo grande atraso no processo de vacinação comparado com cidades vizinhas como Ouro Preto, Nova Lima e Belo Horizonte, inclusive pessoas que tinham residências fora, se deslocaram para tomar a vacina devido a morosidade em Itabirito, demonstrando claramente erro de planejamento no plano municipal de vacinação”, disse Max.
O relator da comissão Dr. Edson acrescentou que a falta de transparência ficou evidente quando ocorreu a notícia de que havia 128 doses faltantes e que depois viraram 322 e que somente após a comissão denunciar, a Secretaria Municipal de saúde tomou as providências e comunicou à população.
“A inversão de prioridades foi outro problema detectado com denúncias de pessoas que supostamente estavam tomando a vacina antes da sua ordem de prioridade, passando na frente da fila e outras que estavam tomando de forma atrasada, mesmo já estando na sua faixa etária”, contou o vice-presidente da Comissão Fábio Fonseca.
Agora os vereadores da Comissão esperam que todos os indícios de irregularidades sejam apurados pelo Ministério Público e sendo constatado qualquer tipo de desvio que as ações cabíveis sejam tomadas e aplicadas diante dos responsáveis pelo processo de vacinação aqui em Itabirito.