Artigo de Opinião
Na última segunda-feira, 20 de dezembro de 2021, vimos a chapa do vereador Arnaldo dos Santos sendo eleita para assumir o mandato na Câmara Municipal de Itabirito, no próximo ano de 2022. A vitória deste candidato me faz levantar alguns questionamentos, levando-se em consideração, também, o posicionamento do ex-líder de governo, vereador Anderson Martins, que é fiel aliado do futuro presidente da Casa:
Estariam eles dispostos a continuar apoiando o Prefeito Municipal? Dois rumores, e são somente rumores, por enquanto, dão conta de que o vereador Arnaldo foi convidado a ser o líder do Prefeito da Câmara e não aceitou, o que deve ficar a cargo do vereador Daniel Sudano.
Além disso, o ex-líder de governo também deixou este cargo após as chuvas da madrugada do dia 12 para o dia 13 deste mês, e, segundo informações vindas do meio, o prefeito e o vereador trocaram rusgas naquela madrugada, haja vista que Anderson, atuando como repórter, encontrou a Defesa Civil municipal inoperante e com seus componentes dormindo, mesmo ocorrendo inundação em parte da cidade. Na segunda-feira, dia 13 de dezembro, o Sr. Anderson Martins declarou estar deixando o cargo, durante a reunião da Câmara, com evidente descontentamento frente à situação.
Diante de tantos acontecimentos, vejo que a Câmara poderá estar assumindo uma nova composição de situação, centro e oposição. As únicas certezas que ainda tenho, é que a “Bancada do Povo” (Dr. Edson, Max Fortes, Fabinho, Paulinho e Nego Liso) e a oposição (Renê Butekus), continuam em suas posições. Já a situação deve ficar com os vereadores Léo do Social, Daniel Sudano e Márcio Juninho (irmão do chefe de gabinete). E aí vem a grande questão: de que lado ficarão os vereadores Arnaldo, Grilo, Anderson Martins e Lucas do Zé Maria?
Há especulações de que poderão assumir uma posição de neutralidade, compondo, assim, uma espécie de “Centrão”, mas sem se unir à “Bancada do Povo”. Se assim ocorrer, entendo que o Prefeito ficará sem o apoio da Câmara, comprovando a teoria que circula na cidade, de que não sabe escolher muito bem seus apoiadores e, principalmente, seu articulador político, que vem fracassando seguidamente, trazendo insatisfação a políticos, servidores públicos e população em geral. Fica a dica!
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Ricardo Gomide é professor de filosofia, jornalista, advogado e um entusiasta político nas horas vagas