Integrantes do Coletivo Feminista PAGU de Itabirito estão promovendo uma campanha contra o assédio no carnaval. Elas têm distribuído panfletos e pregado cartazes em repúdio ao machismo e de apoio ao empoderamento feminino nas fachadas de lojas no centro.
Alguns dos cartazes chamam a atenção pela aspereza do tom: “Lugar de macho escroto é na cadeia. Denuncie!”, “Se cuida seu machista! O carnaval vai ser todo feminista”, “Sou PAGU indignada no palanque”, entre outros.
Na última quinta-feira (19), o editor do Mova-se! encontrou com integrantes do PAGU fazendo a divulgação nas imediações do Santander. Elas se recusaram a se deixar fotografar e foram arredias e lacônicas nas respostas.
Uma delas apenas disse se tratar de uma campanha em repúdio ao assédio feminino e contra a transfobia no carnaval e acrescentou que mais informações poderiam ser obtidas no Instagram do Coletivo.
Reclamações de comerciantes
Apesar de a iniciativa ser bem intencionada, alguns comerciantes e donos de lojas se valeram das redes sociais para reclamar de que os cartazes foram colados em frente aos estabelecimentos sem autorização.
Não é Não
Iniciativa criada no Rio de Janeiro chega a Belo Horizonte neste carnaval. A ideia é fazer uma rede de apoio para que as mulheres possam se ajudar durante a folia com a distribuição de tatuagens temporárias como instrumentos contra o assédio com os dizeres “Não é Não”.
O que pensa o Mova-se!
O Mova-se! repudia qualquer tipo de assédio e violência no carnaval, mas é necessário que os coletivos ajam sem radicalismo e histerismo e, o mais importante, que sejam menos politicamente corretos e criadores de caso.
É desnecessária e infantil a celeuma criada contra foliões que se vestem de mulher usam adereços de índios, ciganos, negros ou árabes.
A prefeitura de Belo Horizonte chegou ao exagero de lançar uma Cartilha no Diário Oficial desaconselhando o uso dessas fantasias ou assessórios como a peruca Black Power.