Os vereadores tiveram uma Sessão Ordinária muito agitada, na última segunda-feira (16). Na palavra livre, muitas críticas aos gestores da prefeitura, preocupação com o Coronavírus e aprovação final dos projetos de recomposição salarial e aumento do valor do ticket alimentação.
A reunião foi suspensa duas vezes por causa de uma discussão entre o pastor Anderson Martins e o vereador Tila do Social, que acabou em agressão. O primeiro levou um soco na cara do segundo por causa de alguns questionamentos. A polícia militar foi chamada e os dois acabaram levados para fazer ocorrência em Ouro Preto.
Nilson Esteves alertou das dificuldades da equipe de fisioterapia da Secretaria de Saúde que tem trabalhado sem equipamentos adequados como luvas e máscaras. Ele reclamou da falta de água no bebedouro e de copos descartáveis, além de vários remédios na UBS da Vila Gonçalo.
Max Fortes externou sua preocupação com o Coronavírus e pediu que a administração oriente os servidores e toda a população como proceder em relação à disseminação da doença. Ele teme que a Saúde entre em colapso e espera que todas as ações preventivas sejam tomadas logo.
Dr. Édson relatou um problema no Conselho Tutelar em relação à carga horária e remuneração das conselheiras, que não são remuneradas de acordo com os plantões e nem pela carga horária real trabalhada.
Ricardo Oliveira também falou estar preocupado com os impactos do Coronavírus no dia a dia das pessoas e solicitou o pagamento de insalubridade para os que trabalham em contato direto com a doença.
O vereador afirmou que ninguém esperava grandes obras na cidade, mas havia a esperança de que pelo menos os serviços básicos aconteceriam, mas nem isso se concretizou. Ele lamentou que nada foi feito para combater o inchaço e o aparelhamento da máquina púbica.
Geraldo Mendanha anunciou ter conseguido uma emenda parlamentar de 90 mil reais junto ao deputado estadual Hely Tarquínio para compra de uma ambulância. Ele denunciou o abandono da região de São Gonçalo do Bação e pediu providências logo.
A líder do governo Rose da Saúde cobrou resposta do requerimento para que as responsáveis pela distribuição dos medicamentos venham logo prestar os esclarecimentos sobre as denúncias de falta de remédio nos postos. Ela avisou que vai pedir providências urgentes ao prefeito para melhorar as estradas do Cabral e do São Gonçalo em relação aos excessos de matos e de buracos.
Arnaldo dos Santos pediu que o prefeito pare com o discurso de vitimização de que em seis meses ainda não deu tempo de mostrar resultados. Ele lembrou ter sido prefeito por cinco meses e nesse período, a qualidade dos serviços não caiu em nada. Contou ter deixado de legado 17 milhões de reais em caixa e a documentação dos contratos toda em ordem.
Ele aconselhou o prefeito a colocar alguns colaboradores para fora, pois na gestão pública não há lugar para amadorismo. O vereador denunciou que se acentua a falta de remédios nos postos e que a administração tem dificuldades até para licitar papel higiênico.
O presidente Renê Butekus questionou a licitação de contrato de aluguel dos veículos no valor de 3 milhões e 100 mil reais, por 12 meses, na qual se prevê a locação de 70 automóveis. Segundo ele, esse valor daria para comprar cerca de 42 veículos, entre caminhões, ambulâncias, camionetes e carros comuns, isso significaria uma renovação de quase 70% da frota.
Ele rebateu as acusações do prefeito de que a Câmara está atrapalhando o desenvolvimento da cidade, garantindo que nenhum dos vereadores jamais denegriu a família do chefe do executivo. O presidente afirmou que o problema real é falta de gestão e excesso de amadorismo.
Renê externou sua frustração com o valor da recomposição salarial dada aos servidores, pois esperava no mínimo 18%. Por fim, criticou a prática de nepotismo e contou que o prefeito entrou sabendo da existência do TAC, proibindo a contratação de parentes, mas não o fez.
Obs: todos os Projetos de Lei da pauta foram aprovados
Confira a pauta