O pretexto da preservação da saúde é cortina de fumaça para a ditadura

Praia do Leme no Rio de Janeiro interditada

Artigo de Opinião

As medidas tomadas por governadores e prefeitos no enfrentamento ao vírus chinês vêm tolhendo cada dia mais os direitos básicos e as liberdades individuais sob a justificativa de conter o avanço e a propagação da doença. Não obstante a situação difícil, muitos deles parecem querer piorar a situação.

Algumas ações tomadas por parte deles como a colocação de blocos em orlas de praias para dificultar o acesso a elas; a restrição na circulação de carros – que só podem circular em dias determinados; a verificação da localização de seu celular de modo a saber onde você está, se circulou ou ficou em casa.

Qual o problema de uma pessoa se exercitar numa praia ou numa academia popular que seja, ao ar livre e num espaço amplo e aberto? Será que a restrição no uso de veículos não causará uma demanda maior no transporte público que também funciona de modo reduzido? E quanto a rastrearem sua localização sem você ter autorizado, consente com isso? Eu não.

Vejo tais medidas como autoritárias, verdadeiras amostras grátis de medidas ditatoriais. É bom lembrar que nenhuma ditadura é implantada do dia para a noite e muitos daqueles que acusavam o presidente de ditador mostram na verdade que eles possuem tal viés.

Fique de olho e questione quando uma dessas medidas for tomada. Atentar contra a liberdade do cidadão é um crime tão letal quanto atentar contra a sua vida. Guarde muito bem os nomes de todos esses, pois num futuro próximo eles dirão que fizeram isso no intuito de preservar a vida e pedirão seu apoio. Não só negue como passe longe.

Vinícius Martins é funcionário público e conservador de direta