Devolução de MP que permitiria ao governo nomear reitores é duro golpe na educação

Federais pedem socorro

Artigo de opinião

A devolução da Medida Provisória (MP) 979/2020, que permitia ao Ministério da Educação a designação reitores temporários para as universidades federais durante o período da pandemia da covid-19, é algo a se lamentar e um duro golpe do Congresso na educação do país.

A Medida foi devolvida pelo Senado Federal à Presidência da República e sequer será discutida nas casas legislativas.

Essa medida cria embaraços nas relações entre os poderes Legislativo e Executivo, além de contribuir para o fato de a educação no Brasil permanecer no buraco em que está.

Sou do tempo em que era motivo de orgulho quando alguém afirmasse que havia passado num vestibular para uma universidade ou instituto federal. Eu mesmo tive esse privilégio de cursar um técnico numa dessas instituições e felizmente não saí de lá como muitos saem hoje: com um diploma na mão e uma carreira de militância político-ideológica asquerosa à frente.

Infelizmente, essas instituições se tornaram, salvo raras exceções, antros de intensa degeneração moral. Discursos ideologizados, apologia a drogas e violência, cenas de “arte” indignas de qualquer bordel disfarçados de pensamento livre e crítico.

A designação de reitores, ainda que temporária, poderia contribuir para que esse cenário começasse a mudar e lamento que a inciativa não tenha ido avante.

Se teve algo que a esquerda fez bem nas últimas décadas foi trazer para dentro dos centros acadêmicos as piores visões de mundo, objetivando não a formação de profissionais, mas de militantes políticos.

É preciso que essa e outras medidas sejam tomadas para trazê-los de volta a sua verdadeira missão institucional, que é ensinar e formaŕ cidadãos aptos a contribuir para o crescimento de nosso país.

Vinícius Martins é servidor público e conservador de direita