A lista de medicamentos para combater o vírus chinês se reduz. Depois da hidroxicloroquina, os ensaios clínicos do lopinavir/ritonavir foram também abandonados.
“Os resultados iniciais mostram que a hidroxicloroquina e a associação lopinavir/ritonavir reduzem pouco, ou nada, a mortalidade dos pacientes hospitalizados por COVID-19 em relação ao cuidado padrão”, alegou a OMS em comunicado.
Com isso, os testes se reduzem a um único medicamento, o remdesivir, que acaba de obter sinal verde incondicional da União Europeia.
A Comissão Europeia informou na sexta-feira (3) que aprovou o uso do antiviral remdesivir para tratar casos graves de Covid-19 após um acelerado processo de revisão. É o primeiro medicamento autorizado na região para combater o vírus chinês.
O problema é que o remédio pertence à Gilead Sciences, empresa norte-americana conhecida por tirar o máximo proveito financeiro de suas patentes.
O laboratório anunciou que o remdesivir terá o custo de 390 dólares por frasco, algo em torno de 2.119 reais na cotação atual.
Considerando os padrões atuais, é esperado que a maioria dos pacientes receba um tratamento ministrado em cinco dias, onde serão utilizados seis frascos do produto, o que totalizaria 2.340 dólares (12.716 reais, na cotação atual).
Na realidade, o custo de fabricação de cada ampola do remdesivir é de aproximadamente 93 centavos de dólar. Pesquisadores da Universidade de Liverpool (Reino Unido) consideraram na análise o valor da matéria-prima do produto.
Um tratamento de dez dias custaria, assim, menos de 10 dólares (cerca de 50 reais) por paciente.
Hidroxicloroquina
Enquanto isso o primo pobre do remdesivir, o hidroxicloroquina é vendido de 40 a 60 reais a caixa com 30 comprimidos.
A hidroxicloroquina (HCD), um derivado menos tóxico da cloroquina, demonstrou boa eficácia na inibição do novo coronavírus SARS-CoV-2, afirmou a Pfarma em seu site.
O remédio tem sido usado informalmente com sucesso por muitos países como a Rússia, Turquia, Portugal, dentre outros.
Hidroxicloroquina e remdesivir inibem a covid