Bolsonaro marca gol de placa ao nomear Sergio Moro como ministro

Moro ganhou notoriedade em decretar sentenças importantes na Operação Lavajato

Expressão cunhada em 1961 para caracterizar um gol marcado por Pelé — o jogador dominou a bola no campo de defesa de seu time e driblou seis adversários antes de marcar o terceiro gol santista numa partida contra o Fluminense — a definição do “gol de placa” poderia perfeitamente ser emprestada para particularizar o convite de Jair Bolsonaro ao juiz Sergio Moro para este assumir o Ministério da Justiça na gestão do presidente eleito.

Importante peça nos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, Moro ganhou notoriedade em decretar sentenças importantes, talvez a maior delas a condenação do ex-presidente Lula no caso do Tríplex. No rigor da lei, mostrou-se intocável e merecidamente ganhou carisma e admiração de grande parte da população brasileira.

No superministério idealizado por Bolsonaro, apoiado pelo pilar maior de combate à corrupção, apenas alguém com nível e capacidade acima do normal para comandá-lo, e o presidente eleito no último domingo soube enxergar muito bem a competência do magistrado para o cargo. Realmente, seria difícil achar alguém igual ou superior a ele. Caso houvesse uma escolha popular, não me furto de apostar que a escolha seria a mesma.

Num país assolado pela corrupção e pelos maus tratos da esquerda para com o país, o mínimo que se exige é que pessoas sérias e competentes estejam no comando. Bolsonaro começou bem suas escolhas e Sergio Moro vem fortificar ainda mais um grupo que já é forte, com nomes como Paulo Guedes na economia, Augusto Heleno na defesa e Marcos Pontes na Ciência e Tecnologia.

Tenho convicção de que o Ministério está entregue em boas mãos. No Executivo, sem dúvida Moro levará o mesmo profissionalismo e imparcialidade vistos na Justiça Federal de primeira instância. O governo Bolsonaro ainda não começou, mas até aqui dá mostras de que fará história, e pelo lado positivo dela.

Artigo de autoria de Vinícius Martins