O Ministério da Saúde tem alertado sobre o declínio na vacinação em crianças por causa da Covid-19. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou uma pesquisa, na quarta-feira (19), feita com 1.525 médicos de todo país e 73% apontaram queda nos índices de vacinações, principalmente, nas infantis.
De acordo com a pesquisa, muitas crianças não têm sido vacinadas por falta de informação das famílias e medo de contaminação pelo vírus chinês.
Em Itabirito não foi diferente, mas a Secretaria Municipal de Saúde agiu rápido ao detectar o problema e hoje os índices de vacinação infantis estão acima da média e melhoraram em relação aos últimos anos.
De acordo com a pasta da Saúde do total de 3.468 crianças, 2.854 já foram vacinadas, isso significa um índice de 83,30% já imunizadas. Vale ressaltar que o período de vacinação vai até 31 de agosto.
A superintendente da Atenção Primária, Márcia Maria de Sousa, explicou que a equipe da Saúde centrou esforços nas ações de vacinação em domicílio, devido as orientações de permanecer em casa.
Segundo ela, os resultados superaram as expectativas e o número de crianças vacinadas aumentou em relação aos anos anteriores. “A meta quantitativa da Secretaria para este ano era 61,74%, até o momento atingimos 82,30%”, comemorou Márcia.
Ela acrescenta ainda serem aguardadas crianças de 6 meses para serem vacinadas, pois ao iniciar as vacinas influenza, a dose é fracionada em duas aplicações no espaço de 30 dias. Márcia acredita que o índice deve subir mais, já que a vacinação vai até o final do mês.
Pandemia
O secretário Municipal de Saúde, Dr. Marco Antônio Félix, reconheceu que no início do período de vacinação infantil, em março, houve uma queda nos índices, mas esse decréscimo já era esperado.
Segundo ele, devido às recomendações estabelecidas pelo Ministério da Saúde, a imunização no primeiro momento da pandemia foi direcionada aos grupos prioritários, inicialmente, profissionais da saúde e idosos.
“Crianças e gestantes foram orientadas a permanecerem em domicílio, assim fomos obrigados a adiar as vacinas de rotina”, contou o secretário.
Dessa forma, durante o primeiro mês da pandemia foram interrompidas todas as vacinas para as crianças e com o retorno gradativo das atividades, primeiro teve inicio a BCG e Hepatite B, depois febre amarela, triviral, antitetânica, posteriormente todas de rotina.
“Apesar da queda significativa no percentual de vacinação das crianças, agimos rápido, em tempo hábil e após realizar uma busca ativa, aplicamos as vacina em domicílio, com resultados, felizmente, acima das nossas expectativas”, finalizou.
Doses ministradas