Nova composição da Câmara em nada altera para a bancada de oposição

Os vereadores Capoeira e Tem Tudo tomam posse

A saída do vereador Rocha do PT e a consequente substituição dele por Nilson Tem Tudo (PPS), ocorrida na última terça-feira (27), em nada muda a composição de forças na Câmara Municipal e muito menos enfraquece a bancada de oposição.

Os opositores que eram quatro passam a ser três e os apoiadores do prefeito foram de nove para 10 com a indicação dada por Nilson Tem Tudo de que fará parte da base de apoio do executivo. Gilmar Capoeira que substituiu o vereador Zé Maria faz parte da base aliada.

A recusa de Nilson em sentar-se junto à bancada de oposição e sim no centro ao lado do vereador Dr. Edson, além do discurso elogioso e subserviente em relação ao prefeito deixou isso bem claro e só não viu quem é cego.

Na verdade, essa história de centro nada mais é do que conversa para boi dormir, o que Nilson buscou com essa patacoada foi uma desculpa esdrúxula para bandear-se de vez junto ao grupo do prefeito.

Ou seja, na prática nada muda, pois a oposição continua a ser minoria e à mercê do rolo compressor da bancada de situação, sem forças para aprovar qualquer projeto ou barrar qualquer iniciativa impopular.

A única coisa que aumenta a partir de agora é a responsabilidade dos vereadores Ricardo Oliveira, Leo do Social e Rose da Saúde em continuar fiscalizando com rigor e estridência os atos do executivo.

E nessa história da ida de Nilson Tem Tudo para o centro quem saiu ganhando foi o colega dele de partido, o vereador Ricardo Oliveira (PPS), que vai continuar empunhando sozinho na Câmara a bandeira de oposição do PPS.

Como Ricardo Oliveira já se posicionou como pré-candidato ao executivo em 2020, Nilson de maneira involuntária acabou valorizando e muito o passe do colega junto ao partido.

E como toda ação é precedida de uma reação, a inabilidade política de Nilson ainda acabou colocando o presidente do PPS, Orlando Caldeira, numa tremenda saia justa.

Sendo o PPS um partido de oposição, Orlando será obrigado a tomar uma atitude dura contra o vereador centrista, caso ele passe a agir como aliado e não como oposição ao executivo.