Integrantes do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itabirito participaram, na manhã da última quinta-feira (14/02) de uma reunião, no Parque da Cidade, para tratar de assuntos relacionados à defesa dos rios da região. A coordenadora do Subcomitê, Heloísa França, conduziu o encontro, no qual foram debatidos a atuação do órgão acerca das barragens de rejeitos nas sub-bacias hidrográficas da região.
O secretário Municipal de Meio Ambiente, Antônio Generoso, apresentou um dado preocupante, que desde 1960 aconteceram oito acidentes de barragens no Brasil, sendo três em Itabirito. Em relação a isso, o grupo externou a preocupação com as barragens de Maravilhas II e III dada às elevadas dimensões de armazenamento.
Generoso informou um que existem 51 barragens de dimensões distintas em Itabirito. A intenção é colocar seis sirenes na região e criar um plano de evacuação emergencial voltado para a população em área de risco.
O vereador Ricardo Oliveira expressou sua preocupação com o número de barragens e sugeriu a realização o quanto antes de uma audiência pública para tratar de forma mais abrangente os reais riscos oferecidos por essas barragens na bacia do rio Itabirito. A sugestão foi acatada por unanimidades entre os integrantes da reunião.
Outro ponto acordado no encontro foi a realização de um mapeamento das pessoas que moram em áreas de risco e fazer um estudo para retirá-las destes locais sujeitos às tragédias.
Integrantes do Subcomitê chegaram a conclusão de que desde o acidente com a barragem da Samarco em Mariana nada mudou em questões de segurança o que levou à tragédia de Brumadinho.
Segundo o secretário de Meio Ambiente isso aumenta a responsabilidade dos Comitês de Bacias Hidrográficas como gestor de recursos hídricos em relação às mineradoras como Vale, Gerdau e Herculano, que atuam em Itabirito.
O Subcomitê estabeleceu ao final o cronograma de ações para o ano de 2019.