O proprietário do Museu Jeca Tatu, Leonardo Ruggio, foi detido, por suspeita de amarrar uma cadela no parachoque de seu carro e dirigir do museu na BR 356 até as proximidades da rodoviária. O acusado alega que o animal já estava morto. O delito aconteceu por volta das 07h de domingo (13).
De acordo com o boletim de ocorrência (028520337), feito pela Guarda Municipal de Itabirito, duas testemunhas em um veículo se depararam com o animal ainda com vida amarrado numa corda em um veículo fusca e sendo arrastado pela BR.
O boletim ainda informa que elas ainda buzinaram várias vezes, mas o motorista ignorou os sinais e não parou o veículo. Após, largar o animal numa canaleta na avenida dos Inconfidentes, o condutor evadiu-se do local.
A Guarda Municipal foi acionada e por meio da placa do veículo constatou que o carro estava em nome de Leonardo Ruggio. Uma guarnição foi ao Museu Jeca Tatu e o acusado assumiu que arrastou o animal pela BR, mas justificou que a cadela já estava morta há 24h e o mau cheiro estava trazendo problemas ao estabelecimento.
O suspeito foi conduzido para a UPA, onde fez o exame de corpo delito e depois levado para a Delegacia de Ouro Preto, onde foi ouvido e liberado.
O Setor de Comunicação da Guarda Municipal informou que a Corporação está atenta a este tipo de crime e a sociedade pode denunciar todo tipo de abuso contra esses seres indefesos, que a Guarda dará todo o apoio necessário.
Maus tratos a animais é crime
O presidente Jair Bolsonaro sancionou no dia 29 de setembro a lei que estabelece pena de dois a cinco anos de reclusão para quem praticar atos de abuso, maus-tratos ou violência contra cães e gatos.
O texto também prevê multa e proibição da guarda para quem praticar os atos contra esses animais.
A alteração foi feita na Lei de Crimes Ambientais. A legislação previa pena menor, de três meses a um ano de detenção, para quem pratica os atos contra animais silvestres, domésticos ou domesticados.