Aprendi a lição e não voto mais em candidato que terceiriza o próprio mandato

Neste pleito, escolher um prefeito de personalidade forte não é apenas uma opção, é uma necessidade

*Artigo de Opinião

Na iminente eleição para prefeito em outubro, o eleitor não pode se dar ao luxo de escolher um candidato coadjuvante, alguém que terceiriza o comando do próprio mandato nas mãos dos outros. O pior é quando o comando do município cai nas mãos de gente má intencionada e incompetente. Optar por uma liderança de personalidade fraca é abrir as portas para o desastre e para as práticas não republicanas.

A pior coisa que pode acontecer ao eleitor é ser enganado pelo candidato. Votar nele, depositar a confiança nas urnas, e depois descobrir que, na hora de administrar, o sujeito deixa o poder nas mãos de terceiros, revelando uma incapacidade ou fraqueza em conduzir efetivamente o governo. Isso não é apenas frustrante, mas uma traição à confiança depositada pelos cidadãos. Deveriam existir leis mais rígidas para ejetar esse tipo de político do poder, afinal, é inaceitável que aqueles eleitos para liderar optem por delegar suas responsabilidades a outros, muitas vezes menos comprometidos com o bem-estar da comunidade.

Eu já caí nesse engodo uma vez e aprendi a lição. Jamais vou repetir esse erro pois, como se diz: errar uma vez é humano, mas cometer o mesmo equívoco duas vezes é negligência e burrice.

Em cidades como Itabirito, com um orçamento robusto de 1 bilhão de reais, é imprescindível que o prefeito eleito seja alguém com pulso forte, capaz de administrar com rigor e competência. O controle e domínio sobre a equipe são essenciais, evitando que o município se torne refém dos interesses pessoais e das agendas obscuras.

É compreensível que as decisões nem sempre sejam isentas de erros, mas é inadmissível permitir que equívocos se tornem uma constante. O eleitor precisa entender que votar certo é mais do que um direito, é um dever cívico. Optar por uma liderança forte é assegurar que a cidade seja conduzida com responsabilidade e em benefício de todos.

Itabirito merece um líder que inspire confiança, alguém que, além de assumir a responsabilidade, tenha uma visão clara para enfrentar os desafios específicos da cidade. Precisamos de um prefeito que comande e não de um que seja comandado pelos subordinados. Além disso, é crucial que ele goste da política, não esteja atrelado a pessoas de caráter duvidoso e sobretudo esteja próximo ao povo. Por isso, a escolha por uma liderança forte é fundamental para assegurar que a cidade prospere em todas as áreas.

Neste pleito, escolher um prefeito de personalidade forte não é apenas uma opção, é uma necessidade. Itabirito e cidades de porte similar merecem um mandatário que não apenas administre, mas que também lidere com integridade e firmeza. A decisão está nas mãos do eleitor, e escolher sabiamente é crucial para o futuro de nossa cidade.

*Marcelo Rebelo é jornalista e editor do site Mova-se Inconfidentes