O Bloco Axé Igbá completa 29 anos de muita história e musicalidade efervescente, nesta terça-feira (23). Fundado em fevereiro de 1992, por um grupo ligado ao Movimento Negro de Itabirito, visando preservar e manter a cultura negra da região, o bloco, foi criado com origens ao Olodum, Ilê Ayê e Filhos de Ghandi.
Um dos fundadores do bloco, Toninho Telefunken, relembra que o bloco nasceu do interesse de um grupo de pessoas em tocar Axé Music.
A estreia do grupo aconteceu no carnaval de Itabirito de 1992, praticamente, 30 dias após a sua criação. Os integrantes usaram abadá, descalços e com turbantes.
“Em seguida, o grupo foi amadurecendo musicalmente e passou a incorporar ritmos primitivos, como o calango e a congada, criando assim o ritmo calango congo”, contou Telefunken.
O Axé Igbá, hoje em dia, é ativo nas questões sociais referentes à defesa da cultura da musicalidade negra de Minas Gerais. Os participantes do grupo ministram aulas de para crianças e adolescentes de comunidades carentes de Itabirito.
Recentemente, o Bloco foi um dos grupos de Itabirito beneficiado com 10 mil reais oriundos do Governo Federal por meio da Lei Aldir Blanc criada para ajudar o setor cultural financeiramente, durante o período de pandemia.
A última apresentação do Axé Igbá aconteceu no carnaval de 2020 de Itabirito e o bloco proporcionou uma das melhores apresentações da festa daquele ano.