Bate boca entre vereadores encerra reunião sem votar projetos

Vereadores durante reunião de 28/06

Em função de uma bate boca entre um grupo de vereadores ao final da reunião ordinária de 2ª feira (28), o vereador Renê Butekus invocou o artigo 84 do Regimento Interno e o presidente Léo do Social encerrou a sessão sem discutir e votar a matéria em pauta.

O motivo da discussão foi uma réplica dada pelo presidente ao líder do prefeito, Anderson Martins, após o discurso do vereador Fábio Fonseca, no qual acusou o colega de perseguição e ameaças a familiares. O vereador Max Fortes questionou a legalidade da réplica e a coisa descambou em bate boca, gritaria e baixaria.

Confira o vídeo da baixaria entre os vereadores

Palavra livre

Primeiro a usar a tribuna, o vereador Dr. Edson sugeriu que fosse feita uma força tarefa na Câmara Municipal para pressionar o executivo a criar o Estatuto da Guarda Municipal. Segundo ele, trata-se de pleito justo e importante, pois o trabalho dessa categoria é extremamente relevante para o município.

Dr. Edson informou ter se reunido no Tribunal de Justiça, em Belo Horizonte, com autoridades na área de apoio às crianças e adolescentes, O objetivo foi buscar parcerias para o implemento de ações coletivas para reduzir os abusos físicos, psicológicos e sexuais contra os jovens em Itabirito.

O vereador Max Fortes lamentou que Itabirito tenha atingido 139 óbitos por covid-19 e registrando mais de 12 mil infectados. Ele pediu que a equipe da limpeza urbana, no caso as garis, entrem na lista de prioridades e sejam vacinadas o quanto antes.

Ele também criticou o executivo pelo veto ao projeto de lei que dá um auxílio emergencial de 300 reais para as famílias em estado de vulnerabilidade. Max ressaltou que o veto do prefeito foi derrubado por unanimidade, mas o executivo entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade pondo por terra a possibilidade de aplicação da iniciativa.

O vereador Renê Butekus criticou a falta de informação e a inversão de prioridades no processo de vacinação no município. Ele deu como exemplo o caso de alguns profissionais de educação física de academias particulares que foram vacinados enquanto outros da mesma área não foram. 

Ele disse ter recebido o relato de uma enfermeira que estava assustada com a falta de organização em todo o processo. Segundo ela, muitas pessoas não estão sendo avisadas, por que a prefeitura alegou não ter papel para informar aqueles sem acesso às redes sociais e isso tem causado muitos problemas.

Renê questionou o fato de o executivo alegar não ter dinheiro para comprar papel, mas ao mesmo tempo gastar milhões na contratação de empresa de segurança. Ele pediu providências urgentes para agilizar o processo de vacinação, principalmente nos distritos e na zona rural. Por fim, denunciou o roubo de remédio na UBS de Nossa Sra. de Fátima.

O vereador Arnaldo dos Santos agradeceu o asfaltamento de um trecho na Carioca em direção ao Córrego Seco. Ele elogiou o trabalho que os vereadores têm feito por meio das Emendas Impositivas, citando como exemplo o destino de verba para a construção de uma UBS nos Portões e outra para a compra de um tomógrafo.

O vereador Fábio Fonseca denunciou que o líder do prefeito, o vereador Anderson Martins, tem feito ameaças a ele e também à esposa dele por meio de seu site e pelos canais de redes sociais. Ele avisou que ambos fizeram boletins de ocorrência na polícia e para comprovar o que foi dito foram apresentados alguns prints durante a sessão. 

Fábio também negou a acusação de estar pagando advogado para o ex-vereador Toninho que denunciou o líder do governo. Ele alertou que o colega tem o interesse em prejudicar ele e a família dele e que não deve nada à justiça. Por fim, desabafou que tem sido ameaçado desde o início do mandato.