Caso Queiroz: a lei é dura, mas é a lei

Queiroz é escoltado após a prisão

Artigo de opinião

A mídia lacradora e os opositores do presidente Bolsonaro ficaram histéricos com a prisão do ex-assessor do senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabricio Queiroz, na quinta-feira (18), num sítio em Atibaia (SP).

O mandado de prisão foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro em investigação que apura esquema de “rachadinha” (manobra em que o funcionário devolve parte do salário ao parlamentar) em benefício do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

Sobre a questão tem que a valer a máxima: a lei é dura, mas é a lei.

E o lugar de quem faz “rachadinha” é na cadeia, independente quem seja. Ponto final. Não existe análise em quem é mais ou menos corrupto. Corrupção é corrupção.

Rachadinha, por menor que seja, é corrupção inteira. Quem comunga com corruptos, amigos ou parentes ou filho, anda perto da corrupção. E para essas pessoas todo o rigor da lei, o resto é falácia.

A prisão de Queiroz é uma amostra de que o combate à corrupção segue seu caminho, – e logo no Rio de Janeiro, onde se pregou que o presidente queria interferir em investigações – muito embora por vezes o Legislativo, o Judiciário e a mídia lacradora façam vistas grossas a certas situações.

Como é o caso de André Ceciliano envolvido no mesmo processo de Flávio Bolsonaro. Segundo o Coaf, o então presidente em exercício da Alerj teve quatro funcionários movimentando R$ 49,31 milhões em contas bancárias para beneficiá-lo.

Esperamos que aqueles que cobraram com tanto fervor a prisão de Queiroz também usem desse mesmo fervor para cobrar os outros 27 que também estão na lista.

Nessa questão, não importa se é direita ou esquerda, situação ou oposição: se há suspeita de crime, investigue-se e, caso comprovado, puna-se no rigor da lei.

Artigo elaborado por Vinícius Martins com a colaboração de Marcelo Rebelo