O Mova-se Inconfidentes abre espaço para que as chapas que concorrem à presidência do Sindicato dos Servidores Municipais de Itabirito (Sindsemi), para os próximos cinco anos falem de suas propostas.
A eleição será na próxima terça-feira (20/04), das 8 horas às 16 horas, na sede do Sindicato na Rua Rodrigues Silva, nº 208, Bairro Saudade.
Nesta 5ª feira (15), o professor de geografia, William Monteiro, que concorre a presidência pela Chapa 2, detalha o que pretende para o sindicato e servidores
Confira a entrevista:
Mova-se: Qual a principal demanda do Sindsemi para a próxima gestão?
William Monteiro: Transparência e diálogo com o servidor. O sindicato tem que ser um espaço apartidário, de luta sindical coletiva, transparente nas propostas, ações e orçamento.
É preciso que o Sindicato volte a ser um espaço onde é possível dialogar de forma transparente e respeitosa com a categoria. Infelizmente, os servidores perderam a confiança no sindicato e precisamos recuperá-la. Nós estamos atrás dessa mudança.
É necessário lutar pelos direitos trabalhistas, desde condições de trabalho até a justa remuneração. Algumas pautas que temos são: a equiparação salarial, ou seja, equiparação dos técnicos com o salário do CREA; aos enfermeiros, equiparação com as equipes de trabalho das cidades de Ouro Preto e Mariana, que ficam na mesma região e tem arrecadações municipais muito próximas às nossas. E o estabelecimento de um salário-base mínimo para todos os servidores, uma vez que o salário mínimo pago atualmente pela Prefeitura tem valor inferior ao estabelecido pela CLT. É preciso buscar ainda o reajuste retroativo para todos servidores que os municípios de Ouro Preto e Mariana, por exemplo, concederam mesmo com a Lei Federal da COVID-19.
Mova-se: Quais são as três principais propostas da Chapa 2 para os próximos cinco anos, à frente do Sindsemi?
William Monteiro: Em primeiro lugar é preciso rever o Estatuto do Sindicato, visando ampliar a participação dos filiados e diminuir a duração do mandato, que consideramos muito longo, e os critérios que permitem a participação nas eleições. Em segundo, é preciso lutar pela garantia dos direitos dos servidores, em especial, pelo reajuste anual previsto em lei e com base na inflação. Em terceiro é preciso fiscalizar e cobrar ações para zerar os casos de assédio moral dentro do serviço público. E indo além destes pontos e não menos importante, precisamos motivar a adesão dos servidores ao sindicado, para buscar maior representatividade da categoria.
Mova-se: O presidente e o vice da Chapa 2 aceitariam ocupar cargos comissionados na prefeitura?
William Monteiro: Nossa chapa não considera essa atitude correta. Ou a pessoa faz parte da gestão do sindicato, ou é comissionado, os dois não dá.
Em nosso Plano de Gestão Coletiva está presente que “o servidor público não deverá ocupar cargo na Diretoria ou no Conselho Fiscal do sindicato, quando estiver, concomitantemente, ocupando cargo de confiança do Gestor em exercício”.
O Sindicato é um espaço de representação dos servidores. Vincular-se a gestão municipal, além de imoral, compromete uma representação real da categoria em prol de atender interesses pessoais.
Mova-se: Como pretendem melhorar a relação com os servidores?
William Monteiro: Estamos embasados em três princípios: honestidade, respeito e trabalho. É necessário aumentar o diálogo e o acesso do servidor ao sindicato para identificarmos suas demandas, utilizando ações como criação e gerenciamento eficaz das redes sociais e pela “Ouvidoria Sindical”, portal de denúncia online e anônima dos possíveis atos contrários ao Servidor e seu trabalho.
É muito importante a transparência nas nossas ações e sermos representantes das questões que envolvem os servidores, não ter vinculação com grupos políticos e realizar melhorias e ampliações nos serviços prestados pelo sindicato.
Mova-se: Qual estratégia a Chapa 2 pretende adotar para fazer com que mais servidores se filiem ao Sindsemi?
William Monteiro: Precisamos reformular o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itabirito e convidar os servidores a fazer parte de uma Gestão Coletiva conosco, na construção de um novo capítulo para a entidade.
É necessário ouvir os Servidores, acolher e acompanhar suas demandas e trazê-los para participar das negociações com a Gestão Municipal. O sindicato precisa ser de fato representante do servidor, demostrando a importância de termos força para lutar pelas demandas da categoria.
