A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) declarou nesta terça-feira (13) sua posição contrária à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada de trabalho semanal para 36 horas sem ajuste proporcional nos salários. A entidade alerta que essa alteração pode aumentar os custos operacionais das empresas, já sobrecarregadas com altos encargos trabalhistas e fiscais.
Nadim Donato, presidente da Fecomércio Minas, enfatiza que, ao invés de fomentar novos postos de trabalho, a mudança poderia levar à demissão em massa, especialmente em setores de mão de obra intensiva, como comércio e serviços, os quais demandam flexibilidade para atender às demandas do consumidor. A adoção da jornada reduzida, segundo Donato, comprometeria a competitividade do setor e colocaria em risco a sustentabilidade de pequenas e médias empresas, que representam 92% do empresariado mineiro.
Para a Fecomércio MG, uma discussão sobre a redução de jornada deveria ocorrer no âmbito das negociações coletivas, respeitando as particularidades de cada setor, e não como uma imposição geral. A Federação conclama os parlamentares a retirar a proposta de pauta, lembrando a necessidade de priorizar a preservação de empregos, equilíbrio fiscal e combate à inflação, diante de um cenário econômico já desafiador.