O governo federal reduziu os gastos com alimentos em 2020, na comparação com o ano anterior. No 1ª ano da gestão de Jair Bolsonaro, o valor efetivamente gasto (que é diferente daquilo que foi empenhado) foi de R$ 1,2 bilhão. Em 2020, marcado pela pandemia, foi de R$ 602 milhões, ocorrendo uma queda em torno de 51%.
O levantamento é do site brasiliense Poder360 e põe por terra as falácias e mentiras da “esquerda mequetrefe”, da “imprensa decadente” e da “patota lacradora” de que houve superfaturamento e abuso nos gastos do governo federal com alimentação, sobretudo na compra de leite condensado.
Em 2018, ainda no governo de Michel Temer, os gastos foram de R$ 948 milhões. Esses dados estão no painel de compras do Ministério da Economia e contabilizam as seguintes rubricas: fornecimento de alimentação, gêneros de alimentação, verbas do Programa Mundial de Alimentação e do Programa de Alimentação do Trabalhador.
O valor que foi efetivamente gasto é diferente daquele que foi empenhado. O empenhado corresponde à previsão orçamentária. Já o pago, é quanto foi desembolsado de fato.
Os principais destinos dos alimentos comprados pelo governo federal são: Ministério da Defesa, Ministério da Educação e Embrapa.
No valor efetivamente gasto com alimentos, houve alta de 19% de 2018 para 2019. De 2019 para 2020, a queda foi de 51%. Os percentuais levam em conta o INPC do período.
Leite condensado: gastos diminuíram
Os gastos com leite condensado viralizaram nas redes sociais. Apesar do alto valor, o gasto foi menor que o registrado em 2019, quando a União pagou R$ 29,7 milhões no produto.
Os principais destinos desse tipo de item são universidades federais e quartéis, que usam o leite condensado para fazer as sobremesas em restaurantes do tipo bandejão – ao qual universitários e militares têm acesso.
O levantamento do Poder360 indica que o gasto real com leite condensado em 2020 foi R$ 13,5 milhões, contra R$ 26,3 milhões em 2018 e R$ 29,7 milhões em 2019.