Artigo de opinião
Que a pandemia do vírus chinês vem nos deixando preocupados e alertas com os cuidados necessários à prevenção e ao controle de modo a não permitir uma intensa proliferação do COVID-19 todos já sabemos, mas há autoridades e atitudes destas que fazem questão de maximizar o problema já existente da saúde.
Eu mesmo já disse em outro artigo que as atitudes inconsequentes – para não dizer terroristas – de agentes políticos se aproximam muito mais de medidas eleitoreiras do que a cascata dos cuidados com a saúde da população.
Temos visto se concretizar Brasil a fora o cenário já previsto desde o início dessas medidas: falta de alimentos e produtos básicos do dia a dia, o desemprego crescente frente às demissões em empresas que não conseguem se sustentar paradas e aqueles que têm seu próprio negócio fechando as portas em definitivo por não conseguir prosseguir seus empreendimentos.
Além disso tudo, quem resolve não cumprir as tais medidas em prol da saúde de todos é tido como verdadeiro criminoso quando na verdade só queria trabalhar para poder honrar seus compromissos. O caso mais emblemático que vi foi o de um trabalhador no Piauí, que após preso por estar com sua loja aberta, sofreu uma crise epilética.
Aqueles que defendem com afinco o isolamento total e não se veem sensibilizados com tais atos será que de fato se preocupam mesmo com a saúde e com as pessoas? É certo que não. Talvez tais pessoas só se darão conta do que defendem quando sofrerem eles próprios esses reflexos.
Criou-se com isso mais uma vertente de criminoso: se você sai para o seu trabalho e não é considerado “essencial” (como se nenhum trabalho assim fosse) é criminoso e merece ser multado, ter seu estabelecimento fechado forçosamente e até mesmo ir para a cadeia. Enquanto o assaltante, o usuário de drogas, por exemplo, esses até liberdade costumam ganhar.
Vejamos até onde vai, onde vamos chegar com isso. O que vemos é um cenário desanimador e de consequências de difícil reparação.
Vinícius Martins é servidor público e conservador de direita