A Netflix nos brinda com um dos melhores filmes de guerra já feitos. O drama épico alemão de Wolfgang Petersen, O Barco Inferno no Mar (Das Boot), mostra o dia a dia, sujo, entediante, claustrofóbico e aterrorizante dos tripulantes de um U-Boat na Segunda Guerra Mundial.
A trama é simples: submarino alemão sai de um porto francês para afundar cargueiros no Atlântico. A partir dessa premissa temos em mãos um filme clássico, impossível de ser feito nos dias de hoje.
Trata-se de uma jornada intensa e emocionalmente desgastante. Não o assista, a menos que esteja preparado para mergulhar nas agruras de um tripulante de um submarino durante a guerra.
É um retrato raro e humano da batalha vista através dos olhos do inimigo e, na verdade, você torce por eles o tempo todo.
Os movimentos de câmeras são sensacionais, o roteiro é excelente, as cenas de ação muito bem feitas, a trama lenta, mas emocionante. O destaque vai para o cenário, construído a partir de uma réplica de um genuíno U-Boat alemão, nos mínimos detalhes, é assombroso.
O elenco é perfeito. Jurgen Prochnow oferece o desempenho mais crível de um capitão de navio visto em filme. Todas as emoções da trama são registradas em seu rosto: a preocupação com a própria vida, navio e tripulação; seu ódio pelas decisões que é forçado a tomar; a alegria incrédula de vencer as probabilidades esmagadoras contra o grupo – um verdadeiro líder no controle da situação. Sua atuação é, em uma palavra, brilhante.
Toda essa jornada nos leva a um desenlace difícil e realista cuja única mensagem é a de que a “Guerra é o Inferno”.
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