As cenas grotescas protagonizadas Brasil afora nesses dias de Carnaval mostraram quão baixo estão o nível cultural e a educação do brasileiro. Uma festa que já teve seus momentos de glória hoje já não passa em grande parte de um festival de atrocidades e, claro, lacração até não querer mais.
Uma escola de samba impôs a Cristo uma derrota perante Satanás, num país maioritariamente cristão; já outras optaram por lacrar e até mesmo trocar as cores da bandeira do Brasil pelas cores da tal escola. Isso sem contar nos blocos de rua: nesses, a baixaria foi total, com cenas degradantes que nem vale tratá-las aqui ocupando preciosas linhas.
Cada ano que passa tudo vai se superando a pior e aquilo que um dia até possuía alguma arte vai caindo não só em decadência, mas também na decência. Uma das causas disso? A tragédia educacional que vivemos, agregando-se a ela o abismo cultural, também em crescimento diretamente proporcional.
Não bastasse tudo isso, o cenário piora quando lembramos que essa patifaria é patrocinada por todos nós, com dinheiro do público, e os estragos causados por vândalos, a sujeira deixada pelos mal educados também se valerá dele para se dar o fim devido.
Certamente uma boa alternativa é, num primeiro momento, cortar patrocínios estatais a isso tudo de modo que se auto sustentem, bem como, em longo prazo, recuperar pela educação a civilidade — tão em falta nos dias atuais.
Vinícius Martins é concurseiro e conservador de direita