O economista Gustavo Binenbojm em artigo para O Globo elencou as vantagens de um Banco Central autônomo, deixando claro que, apesar dos guinchos da esquerda e da extrema-imprensa, estamos em boas mãos com Paulo Guedes.
Segue o que ele escreveu:
“Uma das primeiras medidas anunciadas pela equipe econômica do futuro governo Bolsonaro é a transformação do Banco Central numa agência independente, a exemplo do Federal Reserve, nos Estados Unidos, e do Banco Central Europeu.
A ideia é que o presidente e os diretores do BC sejam nomeados para o cumprimento de mandatos fixos, por indicação do presidente da República e com a aprovação do Senado, de forma não coincidente com os mandatos presidenciais. Essas nomeações devem recair sobre técnicos de notório saber econômico e reputação profissional ilibada.
O que a sociedade ganha com isso?
A política de juros, essencial para o controle da inflação, fica protegida de pressões políticas imediatistas, permitindo-se que as medidas mais adequadas sejam adotadas, ainda quando impopulares no curto prazo. Governos populistas costumam financiar a expansão de seus gastos com inflação, sendo essa mais uma razão para tratar-se a autoridade monetária como instituição de Estado.
Além da vacina contra o populismo, o descolamento do processo eleitoral põe a estabilidade da moeda em patamar seguro, a salvo da insegurança e dos sobressaltos dos períodos de transição entre governos.
Por fim, a supervisão e a fiscalização do sistema bancário, voltadas ao controle de riscos sistêmicos, ganham maior credibilidade com a autonomia técnica, fortalecendo a economia do país como um todo”.