O candidato que assumir a prefeitura, após as eleições extemporâneas de 07 de julho, vai encontrar muitas dificuldades quando sentar na cadeira que pertenceu ao prefeito cassado. O principal legado é uma dívida pública consolidada de mais de 69 milhões de reais, em 2019, em conjunto com uma projeção de queda de arrecadação de mais de 100 milhões de reais para 2020, segundo o Projeto de Lei 25/2019, que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano.
Os dados constam no Portal da Transparência da Prefeitura, da Câmara Municipal e foram levantados pelo empresário, Alexandre Barros, que tem se valido das redes sociais para denunciar a escalada dos gastos e endividamento da Prefeitura.
Segundo ele, a dívida pública municipal vem crescendo de forma exponencial e isso pode levar o município à falência, apesar da arrecadação também ter crescido bastante nos últimos anos.
“Em 2016, tivemos um endividamento de 15 milhões, em 2017, saltamos para 37 milhões, valor mantido em 2018, e agora, em 2019, chegaremos em 69 milhões, quase o dobro em apenas um ano”, alertou Alexandre.
Vale ressaltar que os vereadores estão votando à aprovação do Projeto de Lei Nº 25/2019, de autoria do executivo, que estabelece o Orçamento Fiscal do Município para 2020 ( Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO) com uma receita de R$ 406.463.300,00 para 2019 e, para o ano seguinte, a estimativa é que o orçamento caia drasticamente, mais de 100 milhões de reais, atingindo R$ 304.037.041,86.
Alexandre afirma que o valor do endividamento impressiona ainda mais para uma cidade pequena como Itabirito e com uma população de aproximadamente 51 mil habitantes.
“O curioso é que os vereadores da base aliada viviam alardeando que a cidade passava por uma crise financeira, mas que crise era essa, quando vemos que a prefeitura gastou quase R$ 3,8 milhões em publicidade no ano de 2018”, desabafou.
Projeto de Lei 25/2019 Lei Orçamentária 2020