A Aston Martins Participações tenta na justiça desenterrar processo que impede instalação de unidade de tratamento de minério (UTM) no povoado do Ribeirão do Eixo. Caso consiga, o empreendimento pode colocar em risco 62 nascentes, sendo 22 delas consideradas de água mineral pura.
No terreno destinado à implantação da unidade de rejeitos há nascentes que pertencem ao manancial do Rio das Velhas, uma das caixas d´agua da capital e região metropolitana.
No último dia (02/06), o juiz de Itabirito Antônio Francisco Gonçalves, deu parecer favorável a liminar impetrada pela mineradora e determinou que, 15 dias após ser notificada, a prefeitura dê parecer sobre a conformidade ou não do empreendimento, sob pena de multa diária de R$ 500.
A comunidade de Ribeirão do Eixo é enfática sobre os danos que serão causados pela unidade, que pode contaminar os cursos d’água, que abastecem o rio Itabirito, afluente do Velhas. A área abriga 62 nascentes do córrego do Eixo, que abastecem quase 200 famílias.
Mandado de Segurança
A Aston Martins entrou com Mandado de Segurança para que a Prefeitura de Itabirito emita parecer favorável ao empreendimento.
O secretário de Meio Ambiente, o biólogo Frederico Arthur Souza Leite, está preocupado com o projeto em virtude dos impactos da atividade na região que é considerada de proteção ambiental. Ele pediu 90 dias de prazo para o seu parecer.
“Embora não seja do município a palavra final, estudos realizados por nossos técnicos mostram que a licença não pode ser concedida em virtude da atividade, que não é de extração, mas de depósito de rejeitos, com danos ainda maiores do que os da atividade mineraria”, informou o secretário.