Integrantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Itabirito (Sindsemi), junto de uma centena de servidores, promoveram uma ruidosa manifestação, na manhã desta terça-feira (22/11), em frente à Prefeitura. Eles protestaram devido a falta de participação da categoria na construção dos 12 Projetos de Lei, que compõem a chamada Reforma Administrativa, de autoria do Executivo.
O ato foi realizado na Praça 1º de Maio, a partir das 8h, onde os manifestantes munidos de cartazes e megafones mostraram todo o descontentamento com a Reforma Administrativa.
Logo após, foi realizado um abraço simbólico à Prefeitura e depois, os servidores tomaram as escadarias do Executivo gritando palavras de ordem com denúncias de que os Projetos de Lei foram feitos sem a participação do Sindicato e dos servidores.
O presidente do Sindsemi, Willian Monteiro, denunciou durante a manifestação que o servidor de carreira e os representantes do Sindicato não foram ouvidos durante a construção da Reforma Administrativa, que durou quase dois anos. Ele também alertou ainda que as perdas a longo prazo impostas aos servidores serão muito grandes.
“Não podemos deixar o futuro profissional de muitos na mão de poucos, que não trazem a representatividade de todos os servidores municipais”, disse o presidente do Sindsemi durante o ato de protesto.
O Sindicato também alega que entregou para o Executivo, no dia (4/11), um conjunto de reivindicações para serem incluídas nos 12 Projetos de Lei, mas o Executivo se recusou a acatar as sugestões das categorias.
Apoio dos vereadores de oposição
Os vereadores de oposição têm demonstrado total apoio às reivindicações dos servidores. Na Reunião Ordinária, da última segunda-feira (21/11), Dr Edson e Fabinho Fonseca, que também participou da manifestação, mostraram solidariedade à categoria.
Fabinho contou que a Reforma foi construída em 700 dias sem qualquer tipo de conversa com o Sindsemi e com os servidores, que serão afetados diretamente pelo Projeto. Segundo ele, se houvesse o diálogo, não haveria todo esse descontentamento e nem a necessidade de protesto e paralisação.
Dr. Edson, por sua vez, reconheceu o pleito do Sindicato de abertura de diálogo com a Prefeitura para discutir pontos da Reforma Administrativa como legítimo. “Se a paralisação foi a única forma encontrada pelos servidores de chamar a atenção da Prefeitura, então ela é válida e tem o nosso apoio”, finalizou o vereador.