Vereadores criticam o nepotismo e aparelhamento de cargos na prefeitura

Mesa diretora da Câmara Municipal (Foto: Romeu Arcanjo)

Os vereadores têm criticado com muita veemência as inúmeras denúncias de nepotismo e o aparelhamento de cargos no executivo para beneficiar a reeleição de alguns colegas. Na reunião da última segunda-feira (04), não foi diferente, porém, o presidente, Arnaldo dos Santos e o colega Ricardo Oliveira prometeram levar os casos apurados ao Ministério Público.

Os dois fizeram discursos muito duros contra o inchaço da máquina pública e denunciaram o total aparelhamento do executivo, além da existência de casos absurdos de nepotismo, inclusive feitos para fins puramente eleitoreiros.

Arnaldo afirmou que os casos de nepotismo são inúmeros e estão escancarados. Ele considerou isso um grande desrespeito para com a população e questionou a lentidão da justiça para apurar essas questões. O presidente explicou que vai sugerir aos pares criar uma comissão para tratar disso junto ao Ministério Público.

Os vereadores prometem levar os casos de nepotismo ao MP

Ricardo foi na mesma linha do colega e afirmou que a maior preocupação do atual governo é fazer indicações para cargos na prefeitura: parentes, amigos e até colegas de infância do prefeito foram empregados na administração.

Ele reclamou ter vereador que fez mais de 100 indicações para cargos na prefeitura com único objetivo de garantir a reeleição. Ele anunciou já ter catalogado 44 casos de nepotismo identificados e garantiu que irá representar junto ao MP. Na opinião dele, são indicações absurdas, descaradas e vergonhosas.

Uso da tribuna

O primeiro a usar a tribuna, o vereador Renê Butekus falou sobre a ida dele na reunião entre os moradores do Gutierrez com a empresa Serra Verde, na semana passada. Ele reclamou que nenhum representante da prefeitura foi ao encontro e criticou os serviços de transporte e cobrou providências urgentes.

Ele também denunciou que os ônibus escolares da prefeitura estão circulando sem monitores e isso está causando balburdia. Segundo Butekus, estão ocorrendo brigas e há denuncias de alunos fumando maconha durante o trajeto.

Edson, Max e Tila durante a sessão (Foto: Romeu Arcanjo)

O vereador Gilmar Capoeira intercedeu a favor dos moradores da rua União, no Parque da Colina, e afirmou que o poder público não tem cumprido seu papel com a comunidade, pois rua está esburacada, sem asfalto e de difícil tráfego.

O líder do prefeito, o vereador Leo do Social, disse que as demandas dos vereadores que forem em prol do município devem ser atendidas, indiferente de lado político. Sobre a rua União, ele falou que já existe um projeto da atual gestão para resolver o problema do local.

Também garantiu que o executivo está buscando recursos para agilizar os mutirões das cirurgias na saúde. Em relação ao elevador quebrado da Secretaria da Saúde, ele informou que a empresa responsável pela manutenção já foi comunicada e está tomando as providências.

O vereador Ricardo Oliveira falou que nesses 60 dias de governo o que se vê é bagunça e desorganização. Denunciou que os serviços básicos não estão funcionando com o mínimo de eficiência e que o executivo não conseguiu até agora realizar sequer uma licitação básica. Ele também reclamou que a cidade está entupida de entulhos de ponta a ponta.

O vereador Max Fortes falou da preocupação dos moradores com a mudança no trânsito do bairro Santa Efigênia, que será rota de carretas do consórcio Minas Mais e pediu que o executivo reveja a situação. Ele também parabenizou a Guarda Municipal pelos seus 15 anos de criação e criticou a violência contra as mulheres.

A vereadora Rose da Saúde anunciou que com a parte do orçamento impositivo dela será direcionado para iluminação pública no distrito de Acuruí e também para aquisição de roupa de cama para a UPA.

O presidente Arnaldo dos Santos lamentou que o valor do cartão de 500 reais não será estendido a todos os servidores e garantiu que isso foi uma promessa não cumprida de governo.

Também questionou os critérios definidos para o benefício ser dado, pois segundo ele, há efetivos com salários e mais de 5 mil, que vão receber o cartão alimentação de 150 reais e os cargos comissionados de não vão receber nada, inclusive os de salários menores.

Projetos de Lei

Os Projetos de Lei 81, 82, 88, 91/2019 foram aprovados. O Projeto de Lei 90/2019 recebeu pedido de vistas. Os Projetos de Lei 96 e 97/2019 são matérias novas e foram encaminhados para as devidas comissões.

Pauta do dia 04/11
Pauta do dia 04/11