As mudanças no trânsito no bairro Santa Efigênia feitas pela Secretaria Municipal de Trânsito foram duramente criticadas pelos vereadores. Eles reclamaram que a situação trouxe um verdadeiro caos aos moradores e pediram que o executivo reveja essa decisão. Nepotismo, aparelhamento da máquina pública, assédio a servidor e piora na saúde foram também discutidos, na reunião ordinária da última segunda-feira (11).
O vereador Max Fortes reclamou da mudança no trânsito no bairro Santa Efigênia, dizendo que faltou diálogo com os moradores e uma melhor divulgação sobre o tempo que vai durar a alteração. Segundo ele, é necessário estudar uma rota alternativa, pois a medida foi feita de maneira impositiva, criando um transtorno imenso para os moradores.
Ele falou sobre a reunião da Serra Verde com os moradores do Meu Sítio no dia (07) e foi solidário às queixas em relação aos atrasos. Ele espera que as correções sejam mesmo cumpridas e defendeu uma parceria com a prefeitura para subsidiar as passagens. Por fim, cobrou mais investimento na qualidade dos ônibus e na quantidade deles.
O vereador Nilson Esteves considerou um absurdo a mudança no trânsito no Santa Efigênia. Disse que 15 a 20 bairros estão sendo sacrificados por causa de uma empresa. Reclamou que a população foi sequer ouvida e alertou que os comerciantes serão muito prejudicados. Ele acredita que a mudança não vai dar certo e pediu providências.
Nilson também denunciou que a Guarda Municipal está prestando serviço de batedor para as carretas na altura da rodoviária nova. Ele avisou que vai apurar esse fato e se comprovado vai pedir as providências cabíveis à justiça. O vereador também pediu que o executivo libere logo o serviço de mototáxi na cidade.
O vereador Ricardo Oliveira também criticou a mudança no trânsito no bairro Santa Efigênia e principalmente o fato de a comunidade não ter sido ouvida. Para ele, faltou uma divulgação mais efetiva direcionada aos moradores e deveria ter ocorrido uma audiência pública.
Ele também denunciou a ocorrência de um assédio moral, devido a divergências políticas, praticado por três comissionados a um servidor efetivo da prefeitura por postagens nas redes sócias. Ainda afirmou que um dos responsáveis pelo ato é um indicado de um vereador.
Ricardo ressaltou que o nepotismo e o inchaço da máquina pública devem ser revistos urgente para o bem da atual administração. Segundo ele, é necessário colocar pessoas competentes nas pastas.
O vereador Renê Butekus também criticou a mudança no trânsito no Santa Efigênia, feita a toque de caixa, sem dialogar com a população. Segundo ele, ainda dá tempo de voltar atrás e alertou que na administração pública o amadorismo não é aceito.
Renê reclamou do transporte coletivo prestado pela Serra Verde e lamentou a prefeitura não ter enviado representante nas reuniões feitas pela empresa com moradores de três bairros.
Ele esclareceu que o prefeito é quem detém o poder para modificar o transporte coletivo da cidade, cabendo a empresa acatar as ordens e cumprir o contrato. Chamou os veículos de sucata e disse haver motivos para cancelar o contrato.
O presidente da Câmara, Arnaldo dos Santos, finalizou o coro de críticas à mudança no trânsito no bairro Santa Efigênia. Segundo ele, deu-se um nó no trânsito, deixando-o horrível. Na opinião dele, o que parece é que o executivo está cumprindo uma ordem da Vale como se ela fosse proprietária da cidade.
Ele também lamentou não ter havido nenhuma audiência pública com os moradores para discutir os impactos da mudança, que trouxe muitos danos para a população. Arnaldo mostrou preocupação com casas que podem ser danificadas pelo trânsito de carretas.
Arnaldo sugeriu que o transporte das carretas fosse realizado no período noturno. Por fim, o presidente disse ser necessário que a prefeitura reconheça o erro, desfaça essa lambança e busque uma nova solução.
Secretária de Comunicação
O vereador Ricardo Oliveira também criticou o fato de a Secretaria Municipal de Comunicação ter se licenciado do trabalho por 45 dias devido a questões pessoais.
Mesmo a licença ter sido sem remuneração, ele considerou um absurdo a chefe da pasta ter saído sem ao menos o governo completar dois meses de mandato, continuando nomeada e respondendo pelo município.
O vereador Renê Butekus e o presidente Arnaldo dos Santos também endossaram as críticas do colega à licença da secretária.
Procura-se o líder do prefeito
Como tem ocorrido na maioria das reuniões, o líder do prefeito, o vereador Leo do Social, mais uma vez não fez uso da palavra livre.
Ele tampouco defendeu o governo das críticas dos colegas ou trouxe qualquer esclarecimento para a população em relação ao trânsito e outras questões expostas na reunião.
Projetos de Lei
Os Projetos de Lei 84, 85 e 90/2019 receberam pedidos de vista. O Projeto de Lei 88/2019 foi aprovado. O Projeto de Lei 93/2019 foi encaminhado para análise. Por fim, o Projeto de Lei 98/2019 e as Moções foram encaminhadas para as devidas comissões para análise.