A notícia do adiamento das eleições suplementares em Itabirito do dia 07 de julho para primeiro de setembro pegou todos de surpresa e causou uma onda de protestos nas redes sociais e nas ruas de Itabirito. Cinco dos seis candidatos a prefeito lançaram uma nota de desagrado e assinaram uma petição ao TRE para que a mudança de data seja revista e o pleito siga o curso normal.
Os candidatos Luís Niquini, Matheus Baldi, Max Fortes, Orlando Caldeira e Thiago Toledo se reuniram, na tarde de sexta-feira (14), em um escritório no centro, e lançaram um comunicado em defesa da democracia e do direito da população em eleger seus governantes sem pressões e à mercê de interesses contrários aos anseios de mudança e renovação.
“Defendemos o direito de o itabiritense eleger seus governantes de forma direta, sem se submeter à insegurança causada pelas idas e vindas ou deixar a cidade nas mãos de interesses dos diferentes dos escolhidos pela população”, diz trecho da nota publicada nas redes sociais dos candidatos.
Eles também assinaram uma petição no intuito de que o TRE reveja a decisão de adiar a data da eleição para o dia primeiro de setembro.
A atitude deles foi merecedora de aplausos e obteve o aval inconteste e imediato da população.
O eleitor deixou claro nas ruas e nas redes sociais seu descontentamento com a iminência de ter o direito de mudar os rumos da administração cerceado, por uma recomendação da Defesa Civil que gerou insegurança e dúvidas se os critérios decisórios foram técnicos ou políticos.
Acredito que o ocorrido é muito grave e joga a cidade em uma situação de insegurança institucional perigosa com possíveis consequências econômicas, além do risco de convulsão social grave.
É palpável entre os cinco candidatos e o eleitorado o temor de que uma série de recomendações técnicas pouco compreensíveis de um órgão subordinado ao executivo impeça que as eleições aconteçam ainda esse ano e beneficiem interesses diferentes do que os escolhidos pela vontade popular.
Faz-se necessário que a população, vereadores e agentes do judiciário se unam e se façam vigilantes em defesa da democracia e do direito de escolhermos de forma livre quem vai ocupar a cadeira de prefeito.
Os candidatos Niquini, Matheus, Max, Orlando e Thiago já deram o primeiro passo.
