Procura-se o líder do governo

O líder do governo ausenta-se durante a Sessão do dia 14/10

Uma das peças fundamentais do xadrez político na delicada relação entre o prefeito e os vereadores é o do líder do governo na Câmara Municipal.

Ele é o responsável por defender os projetos do executivo, liderar os colegas de bancada, responder aos questionamentos e também aos ataques e às provocações da oposição.

Resumindo, o líder é a voz do prefeito no plenário e elo fundamental das articulações políticas de bastidores.

Trata-se de função de muita responsabilidade e cujo ocupante tem nas mãos a possibilidade de alavancar ou afundar um governo.

Hoje esse papel no legislativo de Itabirito é ocupado pelo vereador Leo do Social e se depender do modo como vem atuando, o prefeito Orlando Caldeira está em maus lençóis.

Ele tem sido criticado nos bastidores por não defender o prefeito dos ataques e não responder às dúvidas e às críticas da oposição ao atual governo. Não bastasse isso, virou motivo de comentários entre os pares por se ausentar do plenário durante os debates.

Isso pôde ser comprovado na sessão ordinária do dia (14), na qual passou cerca de 90% da reunião do lado de fora do plenário. Ele não fez uso da palavra livre, além de deixar a oposição e alguns aliados à vontade para criticar o governo ao bel prazer.

Nos parcos momentos em que se aventurou ao plenário, mostrou-se pouco interessado ao que ali era debatido.

Inclusive, naquela sessão, o líder do prefeito perdeu a oportunidade de defender a Controladora do Município, que vem a ser irmã dele, das críticas do oposicionista Renê Butekus, quanto a não atualização do Portal da Transparência.

A ausência de Leo do Social no plenário não tem passado despercebida e os colegas tanto de bancada como de oposição têm citado isso nos discursos direcionados ao governo.

E eles estão certos, pois a postura do vereador é uma ingratidão com o prefeito que, conforme já veiculado na mídia, acatou indicações dele a cargos importantes no executivo e desrespeitosa com os colegas vereadores e com quem lhe paga o salário, a população.

É necessário que a mesa diretora tome uma atitude logo, pois essa postura pode a vir contaminar os trabalhos daquela Casa de Leis, caso os outros vereadores resolvam agir da mesma maneira.

Já disse nesse mesmo espaço que no jogo político não há lugar para amadorismo e na articulação com a Câmara Municipal o atual governo tem levado uma goleada.