Artigo de Opinião
À medida que as eleições municipais se aproximam, é imperativo que os servidores comissionados da prefeitura de Itabirito considerem cuidadosamente sua posição e participação na campanha. Em um ambiente político complexo e cheio de perseguições como o de Itabirito, é crucial agir com cautela, ter estratégia e sobretudo pensar no que é melhor para o próprio futuro profissional.
Neste período de efervescência eleitoral, muitos servidores em cargo de comissão enfrentam um terrível dilema: apoiar abertamente os pré-candidatos do prefeito, o vice Elio da Mata e o secretário de Esportes Raphael Rondow, ou manterem-se neutros diante da possibilidade de uma mudança de poder?
Uma análise fria e ponderada desse dilema sugere que a prudência deve prevalecer sobre qualquer tipo de pressão.
É inegável que parte significativa dos comissionados têm ligações passadas com o grupo dos irmãos Salvador, e há chance de o ex-prefeito Alex Salvador retornar ao poder. Nesse contexto, é bem mais vantajoso para os comissionados não se envolverem na campanha eleitoral em prol de Elio e Raphael.
Os motivos são simples: caso, a situação saia vencedora, os comissionados continuam com seus cargos; por outro lado, se a oposição voltar ao poder, aqueles que ficaram longe da campanha de Elio e Raphael têm mais chances reais de manterem seus empregos.
Além disso, devemos considerar que muitos desses comissionados podem se beneficiar mais com o retorno do ex-prefeito Alex Salvador, uma das lideranças do grupo ao qual grande parte destes servidores está historicamente ligado. Portanto, esse é mais um motivo para ser prudente, evitar ceder às pressões e manter uma boa distância das atividades de campanha em favor dos candidatos do prefeito.
É crucial também aproveitar o momento para dar o troco, pois muitos servidores comissionados têm relatado pressões em troca do apoio político para manter o emprego. Portanto, agora é a hora de retribuir toda essa pressão, exercendo o direito ao voto segundo a consciência e os interesses pessoais.
Em resumo, cabe a cada servidor comissionado da prefeitura avaliar sua situação individual e agir de acordo com seus interesses profissionais a longo prazo. A prudência e a estratégia devem guiar suas decisões durante este período e escancarar o apoio político à dupla Elio e Raphael pode ser um péssimo negócio.
Marcelo Rebelo é jornalista e editor do site Mova-se Inconfidentes
