Artigo de Opinião
Como muitos sabem, o site Mova-se Inconfidentes vem dando espaço aos candidatos de Itabirito na apresentação de suas propostas e divulgação das campanhas eleitorais. Em podcast que foi ao ar na terça-feira (6), o entrevistado foi o candidato a vice-prefeito pela Unidade Popular pelo Socialismo (UP), Thomás Toledo.
Um detalhe chamou a atenção: o motivo da candidata a prefeita pela (UP), Sara Borati, ter se recusado a participar do podcast do jornalista Marcelo Rebelo. O vice informou que Sara não se sentia confortável em conversar com quem pratica um “jornalismo machista”.
A causa da birra foi uma matéria veiculada pelo Mova-se no carnaval, na qual a candidata e outras companheiras, que participavam de uma campanha contra o assédio às mulheres na folia, alegaram terem sido chamadas de “histéricas”.
Querer falar ou não com o jornalista é um direito de qualquer pessoa, candidato ou não. Entretanto, justificar essa atitude na cortina de fumaça de um machismo inexistente, vinda de uma candidata a um cargo eletivo é uma vergonha.
Isso mostra o despreparo, a infantilidade e a falta de respeito com a democracia, mas também é uma afronta à liberdade de expressão, pontos que o próprio partido diz defender em seu programa institucional.
Será que sendo eleita, em uma eventual coletiva de imprensa em que o jornalista estivesse presente, ela pediria a ele que se retirasse? Não descarto tal possibilidade.
E caso, o jornalista se recusasse a ouvir ou publicar algo relacionado à candidata ou ao seu partido, qual seria a reação? Aposto em rótulos e mais rótulos: preconceituoso, machista, fascista, opressor e por aí vai.
Para um partido com pouco mais de quatro anos de existência adotar uma postura dessas já deixou claro que os integrantes ainda não têm maturidade em entender o funcionamento do processo democrático.
E esse radicalismo infantil, demonstra que a candidata a prefeita não está apta a concorrer nem para o grêmio estudantil de uma faculdade qualquer e muito menos para o mais alto cargo de uma cidade com as complexidades de Itabirito.
Vinícius Martins é servidor público e conservador de direita