O Projeto de Lei 92/2019, responsável por reajustar o ticket alimentação dos servidores foi encaminhado para as devidas comissões e deve ser votado e aprovado até a próxima quinta-feira (31). Os vereadores se mostraram solidários aos servidores, que desejam que o benefício de 500 reais seja estendido a toda a categoria sem distinção de cargos. Esses foram os principais destaques da reunião ordinária da última segunda-feira (28).
Durante a primeira parte da reunião, os vereadores sabatinaram a secretária de Turismo e Cultura, Júnia Melillo, que falou dos planos e metas da pasta para os próximos meses de mandato. Temas como gastos, Julifest, carnaval e Festa do Pastel de Angu foram debatidos.
O presidente Arnaldo dos Santos disse que fará duas reuniões extraordinárias na próxima quarta-feira (30) e outra na quinta-feira (31), para votar o projeto de reajuste do ticket alimentação, o quanto antes. Ele espera que os servidores, que não foram contemplados com o benefício de 500 reais, dialoguem com o prefeito e cheguem logo a um consenso.
Segundo o presidente é necessário que o executivo tome uma posição definitiva sobre a questão. Arnaldo reconheceu que já houve uma conquista e torce que os benefícios cheguem a mais servidores, mas avisou que pretende votar a matéria ainda essa semana.
O vereador Nilson Esteves lamentou a força das chuvas do último sábado e sugeriu obras no córrego da Carioca, pois lá é um ponto crítico, que sempre inunda. Sobre o projeto do reajuste do ticket alimentação, ele gostaria que os valores fossem unificados e que os professores recebessem o valor máximo de 500 reais.
O vereador Ricardo Oliveira demonstrou sua solidariedade aos atingidos pelas chuvas. Denunciou o acúmulo de entulhos na cidade e cobrou providências do poder público. Ele considerou o reajuste do ticket alimentação uma conquista parcial e o desejo dele é que fosse dado 500 para todos. Ricardo sugeriu tirar o inchaço da máquina pública para assim sobrar mais verba para o reajuste do benefício.
Ele acusou o executivo de empregar parentes e amigos indicados por vereadores e aliados. Para ele, há um desequilíbrio com vereadores indicando mais de 100 vagas de empregos e o mesmo número em creches. Ricardo ainda questionou o motivo do chefe de gabinete ter colocado mulher e irmão para cargos na prefeitura e no Saae.
O vereador Gilmar Capoeira também se comprometeu a votar a favor do projeto de reajuste do ticket do modo como ele veio. Disse que o prefeito prometeu 500 reais em campanha e espera que a promessa seja cumprida. Ele garantiu que tudo o que for favorável ao servidor será aprovado pelos vereadores.
Capoeira cumprimentou a secretaria de Esportes pelo sucesso do torneio Golden Biker, realizado no domingo (27), mas aproveitou para criticar o secretário de Esportes Raphael Rondow, por ter ignorado a presença dele e de outras pessoas no evento. Segundo ele, é importante valorizar a presença de todos os vereadores nas solenidades esportivas, inclusive os de oposição.
O vereador Max Fortes também mostrou apoio aos servidores e disse que é também favorável a que o ticket de 500 reais seja também estendido às demais categorias. Reconhece que houve a criação de um impasse com a diferenciação de valores. Segundo ele muitos servidores estão se sentindo desvalorizados.
Max crê que faltou um estudo mais aprofundado para não criar o impasse, pois a metade dos servidores não está recebendo o cartão no valor de 500 reais. Explicou que não compete aos vereadores fazer alterações no projeto para não criar custos. Segundo ele, deveria ter havido mais diálogo com as pessoas que ficaram de fora.
O vereador Renê Butekus afirmou que o plano de governo do prefeito está cheio de mentiras. Disse que a meta não é a valorização dos servidores e sim parte deles. Ele falou que os 500 reais deverão ser dados para todos efetivos sem exceção, conforme prometido. Segundo ele, o Sindicato não lutou pela categoria, pois a direção está empregada e com altíssimos salários na prefeitura.
A vereadora Rose da Saúde disse que vai segurar o projeto de lei do reajuste do ticket alimentação, para que o prefeito atenda uma comissão de servidores insatisfeitos como o reajuste do benefício. Ela elogiou o envolvimento do prefeito com os problemas por conta da forte chuva do último sábado.
Rose da Saúde demonstrou o descontentamento com uma fala do vereador Leo do Social, na última sessão (21), de que os vereadores aumentaram o salário deles. Ela explicou que nenhum projeto nesse sentido foi votado e exigiu que ele se retrate na próxima sessão, pois tal assertiva é uma mentira.
Procura-se o líder do prefeito
Como tem acontecido nas últimas reuniões, a ausência do líder do prefeito, o vereador Leo do Social, durante o uso da palavra livre foi mais uma vez motivo de comentários entre os colegas.
Dessa vez, a vereadora Rose da Saúde e o presidente Arnaldo dos Santos cobraram a presença dele para o esclarecimento de questões, pertinentes ao executivo e ao próprio legislativo.
O Mova-se volta a ressaltar que a postura do parlamentar é um desrespeito para com o prefeito que lhe confiou importante tarefa, para com os outros vereadores e com a população, que lhe paga o salário.
Projetos de Lei
Os Projetos de Lei 81, 88, 91 aprovados. O Projeto de Lei 90 recebeu pedido de vistas. O Projeto de Lei 92 foi encaminhado para as devidas comissões.