Líderes de diversas bancadas do Congresso têm sofrido cada vez mais pressão por parte de prefeitos contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das eleições. O texto, que adia a data do pleito, passou pelo Senado, mas está travado na Câmara.
Segundo a Revista Oeste, os atuais prefeitos e até futuros candidatos são contrários ao adiamento em virtude da pandemia. Aqueles que estão no cargo querem aproveitar os trabalhos contra o vírus para tentar a reeleição o quanto antes.
Já os que concorrem ao cargo, argumentam que o adiamento beneficiaria os atuais prefeitos, que usariam da máquina para fazer campanha. O adiamento é defendido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Centrão já se articula contra o adiamento, o que fez o presidente da Casa, Rodrigo Maia, admitir que a PEC poderia não alcançar maioria na Câmara. Para ser aprovado, o texto precisa do “sim” de 308 deputados em dois turnos de votações.
Historicamente, prefeitos mantêm uma relação política mais próxima com deputados federais do que com os senadores. Portanto, a pressão no plenário da Câmaratem sido mais forte que no Senado. A ideia é fazer Maia não pautar a PEC nessa semana.